Com os segmentos Shows, Digital, Rádio, Cinema e Usuários Gerais como locomotiva, 2023 foi um ano de recordes na gestão coletiva de direitos autorais musicais. É o que mostra a nova edição do Relatório Anual da UBC, publicada em maio. O montante arrecadado entre todas as sociedades que compõem o Ecad foi de R$ 1,63 bilhão, 17% de crescimento em relação a 2022 e maior valor de todos os tempos.
Já a participação específica da UBC nos números foi notável. A principal sociedade de gestão coletiva musical nacional distribuiu, sozinha, R$ 791 milhões, somando-se direitos autorais (83% do total) e conexos (17% do total). Isto significou cerca de 57% de tudo o o que conjunto das sete sociedades do Ecad distribuiu.
Quase 177 mil titulares de direitos autorais nacionais e estrangeiros foram beneficiados pela distribuição da UBC, sendo que a parte nacional representou 99% dos valores. E um número excepcional contribuiu para essas cifras exuberantes: o recorde de R$ 104,5 milhões em créditos retidos que foram liberados graças a esforços variados — tecnológicos e legais — da equipe da UBC.
A UBC estreou em abril no RDx, a principal base de dados planetária com informações sobre gravações musicais. Gerido pela IFPI — a Federação Internacional da Indústria Fonográfica — e pela WIN, a rede da música independente global, o RDx permite que as gravadoras transmitam gravações e informações sobre titulares de direitos de modo ágil, preciso e sistematizado a sociedades de gestão coletiva mundo afora.
A adesão da UBC se concretiza após uma detalhada adequação dos nossos sistemas, levada a cabo pelo nosso time de TI. Líder nesse processo, o diretor de Operações da UBC, Fabio Geovane, comentou a importância da novidade:
“A UBC desenvolveu uma ferramenta para se conectar a esta base de dados e, agora, fomos homologados tecnicamente para poder participar e começar a fazer uso de uma ferramenta que vai simplificar e agilizar os processos de cadastramento de um grande volume de fonogramas e informações em nossa base. A UBC é a primeira associação da América Latina a ser aprovada tecnicamente para fazer uso da base de dados do RDx. Estamos muito contentes.”
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Outras informações sobre a ferramenta no site da UBC
Quanto um compositor recebe por cada play de uma música sua no Spotify? E quando ela toca na rádio ou na TV? Se o uso for num show ou num espaço público, qual é o critério de cobrança: é por bilheteria ou em função da área do lugar? Quem é responsável por arrecadar e distribuir esse dinheiro? E quando ele é enviado aos titulares?
O mundo dos direitos autorais musicais é cheio de regras. Para tentar dar um pouco de ordem a tanta informação, descomplicando-a, a UBC criou a série de vídeos Pequeno Manual da Gestão Coletiva. Com apresentação da cantora e compositora Bibi, jovem mineira responsável por megahits de artistas como Anitta, Pabllo Vittar, Luisa Sonza e Wanessa, essa websérie publicada em capítulos no canal da UBC no YouTube tem uma linguagem simples e direta, com dados relevantes sobre cada uma das principais rubricas (ou segmentos), o nome técnico usado para classificar os usuários de músicas: streaming, TV, rádio, cinema, shows, sonorização ambiental (lojas, shoppings etc.), música ao vivo (em bares e restaurantes), casas de festas e diversão (como boates) e grandes eventos como carnaval, festas juninas e réveillon.
São seis episódios ao todo.
“Honrada de fazer parte dessa iniciativa que pode gerar um impacto positivo generalizado na nossa indústria”, resumiu Bibi.
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Todos os seis episódios da websérie